Cada um oferece o que tem.

Às vezes… Às vezes fazemos de tudo para manter algumas pessoas em nossas vidas e; para isso, passamos por cima dos nossos princípios, ego e orgulho. Nos desgastamos. Nos humilhamos. Aceitamos o inaceitável.

Nos diminuímos para tentar se encaixar – de toda e qualquer maneira – naquele medíocre mundinho. Perdoamos, perdoamos e perdoamos. Nos desculpamos mesmo quando a culpa não é nossa e nos culpamos. Nos enganamos demais por medo do fim. Juramos e prometemos pela milésima vez que essa é a “última chance…” E aí perdoamos pela “última vez”; porque a falta que a pessoa faz na nossa vida dói mais que qualquer outro motivo.

Às vezes aceitamos pouco por medo de não ter nada, mas todas as tentativas serão em vão enquanto não houver reciprocidade. Quem nos quer por perto, simplesmente fica. Não some. Não procura apenas quando é conveniente ou em momentos de desespero. A verdade é que exigimos sentimentos de pessoas que não sentem. Erramos ao esperar muito de quem não tem nada a oferecer.

Temos que entender e aceitar que algumas pessoas são egoístas e esse é o karma delas, não nosso. Cada um oferece o que tem. Não vamos nos tornar aquilo que mais abominamos. O melhor pedido de desculpa é a mudança de comportamento e se nada muda, mude você! Mude-se. Às vezes temos que ficar longe para entender que deveríamos ter ficado longe desde o começo. Às vezes segurar dói mais que deixar ir. A gente não desiste do que quer; a gente desiste do que dói. Não há beleza onde não há paz.

Talvez um dia a gente entenda que certos afastamentos – por mais dolorosos que sejam – servem para evitar dores maiores. Não existem amores impossíveis. Existem apenas pessoas incapazes de lutar por aquilo que chamam de “amor”. E às vezes certas coisas precisam ser acabadas, antes que elas acabem com a gente.

Escrito por Luísa Soares.