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A gente se encontra…

Nós já fomos muito felizes, lembra?

A gente se perdeu não sei em qual esquina ou em qual momento. Se foi naquela frase dita ou no silêncio de uma noite. Eu aprendi com o amor que o “pra sempre” é pra quem quer e que a gente adora estragar tudo. É que parecemos duas crianças birrentas. Mimados e cheios de vontades. A gente discute, se xinga e até diz que se odeia. O problema é que dizem que amor e ódio andam lado a lado, não é?! Ah se todo ódio fosse assim…

O mundo da voltas e voltas e você sempre acaba voltando pra mim e eu pra você. É como se tivéssemos um imã. Deve ser conexão de almas. Daquelas que sei que toda vez que estou pensando em você, é porque você também está pensando em mim e vice-versa. É engraçado como o fim não combina com a gente e como o nosso amor ainda tem gosto de café preto – sem açúcar.

Eu rio do seu jeito, porque você ainda usa das mesmas desculpas pra se reaproximar e eu continuo me fazendo de desentendida só para aceitar. Eu sei que toda música que você me manda tem uma mensagem “oculta” de algo que gostaria de dizer, mas não tem coragem. Bom, eu nem faço mais questão de tentar entender. O que importa é que a gente ainda é a gente. O teu abraço ainda é porto-seguro. O teu olhar ainda diz “eu te amo”. E sei que o tempo para e só existe nós dois no mundo quando estamos juntos. Enquanto a vida acontece lá fora, dentro de nós sempre haverá um pedaço do outro. E mesmo sorrindo por aí, cada um sabe a falta que o outro faz.

Seguimos sem nos procurar, mas andando sempre sabendo que iremos nos encontrar. Tenho medo que a gente se torne aquelas pessoas que sentem falta um do outro pro resto da vida. Esses dias li sobre uma lenda chinesa que diz que: “um fio invisível conecta as pessoas que são destinadas. E que independente do tempo, lugar ou circunstância se estas pessoas estão interligadas, ainda vão se encontrar.

Vai saber né… É tanta gente que se ama e não ta junto. E tanta gente que ta junto e não se ama. Bom, se for pra ser… a gente se encontra. Do outro lado do mundo, num show lotado ou na fila do pão.

 

 

Escrito por Luísa Soares.




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