Backpacking Egypt – Minya
Dando continuidade ao outro post, sobre a minha jornada pelo Egito… Se você ainda não leu, clique aqui.
Dia 25 – Acordamos as cinco da manhã, começou o Backpacking. O grupo de 52 integrantes se separou em dois ônibus e seguimos em direção a Minya. Fomos divididos em grupos: fotografia, blog e mídias sociais. Eu fiquei no grupo das mídias e responsável pelo Instagram do projeto. Pelas próximas semanas, cada pessoa teria uma tarefa específica a ser cumprida, mas todos com o mesmo objetivo: divulgar o turismo no Egito, mostrando as belezas e qualidades do país.
Primeira parada: Bani Hassan – uma pequena vila ao sul da cidade de El Minya. Mal começou a viagem e já estavam nos mandando subir uma escadaria, que parecia ter uns mil degraus. No calor de quarenta graus qualquer caminhadinha era um empenho enorme e motivo de reclamação.
No topo das escadarias (sim, fui obrigada a subir) a vista do Rio Nilo é incrível e o mais chocante é que lá em cima existem túmulos escavados na montanha. Esses túmulos pertencem aos nobres e governantes daquele local, com data de 2.000 a.C.
Dentro das tumbas mais surpresas… Hieróglifos e pinturas cobrem as paredes retratando, através de imagens, a vida dos egípcios daquela época. Cenas de peregrinação, caça, colheita, luta, wrestling, nos mostram um pouquinho mais sobre essa antiga civilização. Valeu a pena o esforço!!!
Próxima parada: Bani Mazar. Um lugar muito parecido com o anterior, porém nesse túmulo contém diversas colunas, que fazem o local se parecer com um templo religioso.
Fiquei um tempo procurando as fotos desse espaço, mas acabei lembrando que não era permitido fotografar lá dentro.
Brasileiro fazendo brasileirice – claro que não pude perder a oportunidade de tirar uma fotinho. Como foi escondida, ficou essa maravilha aí acima.
Última parada: Tuna El Gabal (cidades dos mortos) – um importante sítio arqueológico e o meu local favorito dos três que visitamos.
Entramos em uma catacumba que foi escavada para abrigar o corpo de animais mumificados. O local é escuro, cheio de morcegos, mofado e cheira mal. Para a nossa sorte, tínhamos um guia o tempo todo com a gente, porque aquilo mais parecia um labirinto, com diversos corredores e escadas.
Continuamos andando e nos deparamos com um babuíno mumificado. Os egípcios viam os animais como encarnações dos deuses e assim como vários outros bichos, o babuíno era considerado sagrado.
Curiosidade: Os egípcios foram uma das primeiras civilizações a manter animais de estimação e gostavam particularmente de gatos.
Apesar dos pesares, eu recomendo a visita, afinal não é algo que se vê todos os dias por aí… Saímos do local e entramos na tumba da Isadora – não era alguém importante na história do Egito, mas o fato é que o “corpitcho” dela ainda está lá…
Entramos também na Tumba de Petosiris – a mesma foi considerada nos tempos antigos como um lugar especialmente santo que recebia peregrinos que conservavam a memória de um antigo sacerdote.
Desidratados, suados e cansados, encerrávamos o nosso primeiro passeio do backpacking. Seguimos em direção a um hostel qualquer em Minya onde passaríamos apenas a noite, pois no dia seguinte – bem cedo – estaríamos a caminho da próxima cidade: Luxor.
Continua no próximo post…
Muito boa reportagem! Parabéns